5/5 ★ – Yukko's review of Little Misfortune.

História: Missfortune é uma garota de 8 anos que vive com os pais, e aparentemente eles não têm uma relação muito boa. Um dia, enquanto está brincando, um narrador chamado Sr. Voz começa a falar com ela. Ele propõe que joguem um jogo para encontrar algo chamado "felicidade eterna" algo que falta onde Missfortune vive. Sendo assim, ela aceita a proposta e parte em sua jornada em busca da felicidade eterna… e da morte. Análise: Little Misfortune é gracioso e delicado em todos os aspectos. Desde a inocência da protagonista até o estilo de animação. Ao mesmo tempo em que é intenso, é gentil. Isso fica muito evidente ao longo do jogo. Um exemplo são os próprios pais, aos olhos de Missfortune eles bebem “suco de uva” que, na verdade, é vinho. E ela se pergunta se é normal batermos em quem amamos. Afinal de contas, os pais devem se amar… mas por que o papai bate na mamãe? Na cabeça dela, isso é "normal" mas ao mesmo tempo não faz sentido. Assim como todas as vezes em que ela encontra drogas e as chama de “balinhas de hortelã”. Qualquer pessoa saberia que aquilo é droga, e que não se deve sair comendo o que encontramos em bolsas e lixeiras, mas ela é só uma criança sem atenção dos pais. Ela não sabe o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim. O uso do glitter fala por si só. De duas uma, ou o usamos em algo que facilmente daria medo em uma criança, como decorações de Halloween, ou o usamos diante da morte. Ela prefere usar sua imaginação/o glitter para ver o que ELA quer ver, não o que deveria ver. E isso é uma das coisas mais lindas e naturais em uma criança. Além disso, o uso do glitter tem sim um efeito para o futuro. Se pegarmos todos podemos dar a tal “felicidade eterna” para nossa mãe. Sabemos que ela não é feliz por inúmeros motivos, e isso é o que Missfortune mais deseja, ver sua mãe feliz, sem precisar descontar toda sua dor nas bebidas. Avaliação: Pra mim, ele é belíssimo, envolvente, muitíssimo bem-humorado, seja nas falas ou nos detalhes. A soundtrack é muito boa, as cutscenes são lindíssimas e, é claro, o plot twist é incrível. O fato do Benjamin ser nosso protetor e o narrador ser o Morgo é genial. Você sempre desconfia do Sr. Voz, mas não imagina que na verdade um parasita. Ele, o Morgo, tenta o tempo todo nos convencer de que o Benjamin (a raposa) é ruim, mas não é. Na verdade, o Benjamin é um protetor da UST, uma ordem que protege a vítima do parasita. O parasita entra na realidade chamada Pandora (a nossa), escolhe uma criança já morta (que não sabe que morreu) e pretende levá-la para o além. Enquanto o papel do protetor é levar a criança para Senersedee. E isso você descobre lá no final do jogo. Minha única crítica nem é em relação à jogabilidade, e sim à falta de ajustes para diversas plataformas. Eu joguei no PC, mas os comandos ainda sim eram de Xbox. Por exemplo, quando precisava jogar glitter, ele mandava apertar o "Y" (controle de Xbox), e não o "F" (tecla do PC). Então se tornava meio chatinho ter que ficar testando todas as teclas até descobrir qual era o comando certo. Tirando isso, é perfeito. Curiosidades: Desenvolvido pela Killmonday games. Lançado em 18 de setembro de 2019. Seu gênero é de aventura, independente e casual. E esta disponível para Switch, Xbox, Ps4, Pc, Android e iOS. Notas finais: 4,9/5 pela falta de ajuste entre plataformas. Ah, é verdade! Ele tem referências a Fran Bow, achei isso bem legal, também é bem engraçado como a Missfortune é meio furry kkk. E antes que me esqueça, deixarei uma menção honrosa pros meus dois personagens favoritos, Benjamin a raposa, e o pássaro Fodeleza. :)